A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entrega hoje (28) mais 5,9 milhões de doses de vacina contra a covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Outras 600 mil estão previstas para serem repassadas na segunda-feira (31).
De acordo com a instituição cientĂfica, maio se tornarĂĄ o mĂȘs com o maior nĂșmero de doses entregues desde o inĂcio da produção, com 21 milhões de doses entregues no total. As vacinas estão sendo distribuĂdas aos estados e municĂpios do paĂs para aplicação conforme os critérios estabelecidos no PNI, que é gerido pelo Ministério da SaĂșde.
O imunizante foi desenvolvido em uma parceria entre a Universidade de Oxford e a farmacĂȘutica inglesa AstraZeneca. Ainda no ano passado, elas firmaram com a instituição cientĂfica brasileira um acordo para transferĂȘncia de tecnologia. A fabricação em larga escala no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos) teve inĂcio em março deste ano.
De acordo com a Fiocruz, parte das vacinas que serão entregues no próximo mĂȘs estão em processamento final. Outra parte jĂĄ estĂĄ sendo submetida aos diferentes estĂĄgios de controle de qualidade. "Estão garantidas mais aproximadamente 18,5 milhões de doses, que sustentarão entregas semanais até 3 de julho", informou a instituição em nota.
Com os Ășltimos dois repasses de maio, a Fiocruz irĂĄ totalizar 47,6 milhões de doses entregues desde o inĂcio do ano. Esse volume inclui 4 milhões que foram importadas prontas da Ăndia e que começaram a chegar ao Brasil em janeiro, antes da instituição cientĂfica brasileira iniciar sua produção.
Por enquanto, o Ingrediente FarmacĂȘutico Ativo (IFA), insumo mais importante para a produção da vacina, ainda estĂĄ sendo importado. No fim de abril, a Anvisa deu aval para que a Fiocruz também possa fabricar o insumo. Assim, a expectativa é de que, em breve, a produção esteja 100% nacionalizada.
Na semana passada, a falta do IFA chegou a provocar a paralisação da fabricação das vacinas. Os trabalhos, que estavam suspensos no dia 20 de maio, foram retomados na terça-feira (25), após desembarcar no Brasil um novo carregamento do insumo proveniente da China.
Para dar sequĂȘncia à produção, a Fiocruz tenta acelerar o recebimento das novas levas do IFA. "Com a capacidade de produção que a instituição jĂĄ atingiu, caso a próxima remessa chegue ainda no inĂcio de junho, serĂĄ possĂvel aumentar as entregas do mĂȘs", informou.
Fonte: AgĂȘncia Brasil