O Conselho Municipal dos Direitos e Defesa dos Povos Indígenas de Campo Grande – CMDDI, foi pauta novamente. Em julho de 2023, a comissão já havia intermediado uma conversa com o executivo municipal para resolver um impasse na posse dos novos membros do CMDDI. Agora, a discussão é um projeto de modificação na legislação que dispõe sobre a composição do
conselho, reduzindo de 22 para 11 o número de vagas reservadas a indígenas. A Subsecretária de Defesa dos Direitos Humanos, Thais Helena, esteve presente na reunião e explicou que o projeto visa seguir a forma de organização do Conselho Nacional dos Povos Originários, buscando a paridade entre membros indígenas e membros do poder executivo municipal. Ainda segundo a secretária, a alteração é apenas uma proposta e o próximo passo é debater o assunto com os membros do CMDDI até chegar a
um consenso.
André Luis disse que a comissão agirá novamente como interlocutora: "Um dos principais papéis da comissão é fazer essa ponte entre a população e o poder executivo. Como advogado e legislador, entendo que a questão tem correlação com o princípio da simetria, que abrange as esferas federal, estadual e municipal. Sendo assim, sempre que possível, temos que adotar
formas de organização que se assemelhem e sigam as mesmas regras e princípios em todas as esferas."
As reuniões da Comissão Especial das Causas Indígenas são mensais e o próximo encontro já está com a data marcada para o dia 15 de março, às 14h, na Câmara Municipal de Campo Grande. Os debates são abertos à população e não é necessário convite.