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Agosto LilĂĄs: Combate à violĂȘncia contra a mulher Ă© pauta permanente na ALEMS

Por PH em 08/08/2022 às 09:00:22
Foto : Divulgação

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Mais um mĂȘs de agosto inicia com o reforço do combate à violĂȘncia contra mulher, com a Campanha Agosto LilĂĄs, instituída pela Lei Estadual 4.969/2016. Os dados da violĂȘncia, em constante crescimento, alertam para a mudança social necessĂĄria. Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2021) estimou que a cada 1 minuto, 8 mulheres são agredidas fisicamente. Sete, em cada dez casos, o autor era conhecido. Apenas 12% denunciaram em delegacias da mulher e 45% não fizeram nada, por vĂĄrios motivos, dentre eles por medo de represĂĄlias.

Dados do 16Âș AnuĂĄrio Brasileiro de Segurança Pública (2022) levantaram 66.020 estupros registrados no país em 2021, um aumento de 4,2% dos casos, sendo que 75,5% das vítimas eram vulnerĂĄveis, incapazes de consentir com o ato sexual. 61,3% das vítimas de violĂȘncia sexual tinham até 13 anos e em 79,6% dos casos o autor era conhecido da vítima. Foram registrados 1.341 casos de feminicídio em 2021, sendo que 68, 7% das vítimas tinham entre 18 a 44 anos, 65,6% morreram dentro de casa e 62% eram negras. Os autores dos feminicídios em 81,7% dos casos foram o companheiro ou ex-companheiro.

Com os alarmantes dados em todo o país, a Campanha Agosto LilĂĄs, que também ocorre em âmbito nacional, vem para reforçar os instrumentos de proteção e acolhimento das vítimas, além de divulgar as punições aos agressores. Dentre estas, estĂĄ o enquadramento na Lei Maria da Penha (Lei Federal 11.340/2006), consagrada como uma das leis de referĂȘncia ao combate da violĂȘncia contra a mulher no mundo. Outro destaque é a Lei do Feminicídio (Lei Federal 13.104/2015), que enquadra o homicídio contra a mulher, por razões da condição de sexo feminino, como crime hediondo.

Mato Grosso do Sul

Até o dia 4 de agosto, 27 feminicídios foram registrados em 2022 em Mato Grosso do Sul, segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ante 34 feminicídios praticados em todo o ano de 2021. Estudo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) sobre os casos de feminicídios consumados e tentados no estado mostra que 85% desses crimes são cometidos por atuais ou ex-companheiros que não aceitam o fim do relacionamento. O levantamento traz dados de 2017 a 2021, relativos a 89 ações penais de feminicídios.

Em âmbito estadual, a Campanha "Sinal Vermelho Contra a ViolĂȘncia Doméstica", instituída pela Lei Estadual 5.703/2021, normatiza medidas para que mulheres em situação de violĂȘncia peçam socorro. Uma delas é marcar um X vermelho na mão e mostrar a alguém que possa auxiliar no pedido de ajuda acionando a Polícia Militar, pelo 190 e encaminhar a vítima para um local seguro.

Outra Lei Estadual, que visa o combate à violĂȘncia de gĂȘnero é a 5.539/2020, que inclui como conteúdo transversal do currículo escolar da Rede Pública de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul o ensino de noções bĂĄsicas sobre Lei Maria da Penha. A medida visa conscientização de meninos e meninas desde cedo à cultura do respeito e tolerância. Assim como a Lei Estadual 5.011/2017, que dispõe sobre a valorização das mulheres e o combate ao machismo na Rede Estadual de Ensino. As escolas deverão promover ações pelo fim das prĂĄticas fundamentadas na crença da inferioridade das mulheres e na sua submissão ao sexo masculino, com campanhas educativas que coíbam a prĂĄtica de atos de agressão, discriminação, humilhação, intimidação, constrangimento ou violĂȘncia contra as mulheres.


No ALEMS e Elas hĂĄ toda legislação às mulheres. Arte: Luciana Ohira

Outras leis estaduais que beneficiam as mulheres e combatem a violĂȘncia em seus mais variados aspectos vocĂȘ encontra na pĂĄgina multimídia especial ALEMS e Elas – acesse aqui – que reúne vasto material sobre o tema e a participação feminina nos espaços de poder. Nela vocĂȘ também encontra a Consolidação das Leis em prol dos direitos das mulheres e os livros digitais, lançados pela Comunicação Institucional da ALEMS, que empoderam meninas. Os parlamentares ainda atuam por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e Combate à ViolĂȘncia Doméstica e Familiar e pela Frente Parlamentar em Defesa da Mulher.

Denuncie

Se vocĂȘ presenciar um caso de violĂȘncia contra a mulher chame imediatamente a Polícia Militar pelo 190 ou leve a vítima para ser atendida pela Casa da Mulher Brasileira, na Rua Brasília, Lote A, Quadra 2 s/n - Jardim Ima, aberta 24 horas em Campo Grande. Ainda hĂĄ como denunciar anonimamente pelo telefone Disque 180, o site www.naosecale.ms.gov.br, o site da Polícia Civil pelo pc.ms.gov.br e pelo aplicativo MS Digital, no item Mulher MS, todos de forma anônima.

Outra forma de pedir ajuda é colocar um X vermelho na palma da mão e mostrar a alguém em as farmĂĄcias e restaurantes. Se informe também pelas Cartilhas "Feminicídio: Quem ama, não mata!" e "ViolĂȘncia contra a Mulher não tem desculpa!". Mato Grosso do Sul ainda dispõe sobre o Programa Recomeçar para apoio às mulheres em situação de violĂȘncia em tempos de pandemia – veja aqui.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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