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Deputados discutem saída para rombo na previdência e sugerem "reparação" de MT

Por PH em 25/04/2024 às 09:38:18
Deputado estadual Paulo Duarte (PSB) que encabeçou as discussões na casa de leis

Deputado estadual Paulo Duarte (PSB) que encabeçou as discussões na casa de leis

Membro da Comissão Temporária de Representação para Acompanhamento e Monitoramento do Déficit Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social (MSPREV), o deputado Paulo Duarte (PSB) fez uso da tribuna para explicar os impactos do benefício de assistência médico-social de R$ 300, na conta dos aposentados e pensionistas do Estado.

"O auxílio saúde de R$ 300 para quem ganha até R$ 3.700 isentou, na prática, o desconto de 14% da Previdência. Já para quem recebe até o teto do INSS, equivalente a R$ 7.786,00, a redução da alíquota passa para 9%. É importante esclarecer que a implantação desse benefício foi sim uma conquista"", destacou Duarte.

Sobre o trabalho da comissão, o deputado salientou que serão estudadas saídas para o déficit previdenciário de Mato Grosso do Sul, que está em torno de R$ 12 bilhões. O Governo do Estado aporta, além da cota patronal, aproximadamente R$ 3 bilhões por ano para conter o rombo.

O aumento da longevidade também é um desafio para equilibrar as contas da Previdência. "Hoje, o sul-mato-grossense vive muito mais do que no início deste século. 40% dos aposentados do Estado estão com mais de 70 anos, isso significa cerca de 10 mil servidores. Logo, aumenta, também, o tempo em que as pessoas recebem o benefício da aposentadoria", afirmou.

Mato Grosso

Entre as medidas, foi levantada a possibilidade de incluir Mato Grosso nas discussões e buscar alternativas para uma "reparação histórica e financeira" do estado vizinho, tendo em vista que uma quantia significativa de servidores contribuía com o IPEMAT (Instituto de Previdência do Estado de Mato Grosso).

Com a divisão do Estado de Mato Grosso e a criação do Estado de Mato Grosso do Sul em 1977 os servidores estaduais foram redistribuídos entre as duas unidades federativas. O tempo de serviço, entretanto, não foi interrompido. Desta forma, os funcionários públicos lotados em Mato Grosso do Sul continuaram contribuindo para o IPEMAT até a criação do regime de previdência própria de Mato Grosso do Sul.

"Quando eu falei sobre a questão do Mato Grosso, claro que isso tem muito tempo, tem muitos anos, mas nós estamos no mundo político. Isso é uma coisa que todo mundo sabe que aconteceu, Mato Grosso ficou com a grana, porque eles contribuíram para o Mato Grosso e o Mato Grosso Sul ficou com a conta a ser paga. Tem muito tempo, mas estamos no mundo político, precisamos buscar alternativas. E é justo essa reivindicação", pontuou o deputado Paulo Duarte (PSB).

Fazendo coro a reivindicação de incluir Mato Grosso nas discussões, o deputado Pedro Kemp (PT), lembrou que essa discussão já foi pautada anteriormente, mas não prosperou por "falta de vontade política".

"Quando foi feita a divisão do Estado, criou-se o Mato Grosso do Sul, os servidores que ficaram aqui no Estado já tinham contribuído com o fundo de previdência do IPMAT, do Mato Grosso. E esse dinheiro não foi devolvido. Então é preciso resgatar um pouco essa história e ver a possibilidade desse dinheiro retornar para o Fundo de Previdência do Mato Grosso do Sul. E essa discussão já foi feita inúmeras vezes, mas não avança. Porque faltou vontade política para resolver o problema. Então temos que colocar esse ponto na pauta e encerrar de vez essa discussão", frisou Kemp.

Paulo Duarte garantiu que a comissão irá atuar de forma responsável e apresentará propostas concretas. "Não vamos enganar ninguém. Vamos trabalhar com seriedade, sem apontar culpados. Em breve, vamos nos reunir com os aposentados e pensionistas para fazer um balanço da atividade do grupo de trabalho".

Com informações da Alems e do site Campo Grande News.

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