Segundo investigação, Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, chegava a movimentar até R$ 35 mil diários na região central de São Paulo; ela teve a prisão convertida para preventiva nesta sexta-feira.
Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, conhecida como a "Gatinha da Cracolândia" lucrava em média R$ 6 mil por dia com tráfico de drogas na região central de São Paulo. Segundo as investigações, ela comprava um quilo de crack por cerca de R$ 21 mil e chegava a movimentar até R$ 35 mil nos melhores cenários. O montante, no entanto, era dividido com pelo menos dois comparsas.
Detida por tráfico de drogas na última quinta-feira, Lorraine teve a prisão convertida em preventiva ontem pela Justiça de São Paulo. A jovem foi presa em sua casa, em um condomínio fechado na cidade de Barueri, onde foram encontradas centenas de porções de crack, cocaína, maconha e ecstasy. Em seu perfil no Instagram, ela ostentava uma vida de luxo para seus mais de 30 mil seguidores.
De acordo com ele, a "Gatinha da Cracolândia" ajudava o namorado André Luís Santos Almeida a administrar uma tenda na Cracolândia. Lorraine atuava em períodos distintos do dia, mas, desde a eclosão de operações policiais na região, ela passou a frequentar o local somente à noite. A jovem chegou a ser presa em flagrante no final de junho e foi transferida à prisão domiciliar para cuidar da filha bebê.
Para se disfarçar, Lorraine costumava a andar pela Cracolândia de capuz. As investigações apontam que ela atuava na região há pelo menos quatro meses. Segundo os agentes, a aparência da jovem destoava dos frequentadores da área, o que facilitou o trabalho para identificá-la.
"Como ela destoa da massa de usuários, é fácil de identificá-la no fluxo. Apesar de ela tentar se esconder atrás da blusa, porque realmente a beleza dela chamava muito atenção, mesmo assim a gente percebe os momentos em que ela está atuando", disse o delegado.
O mandado de prisão contra Lorraine foi cumprido pela Operação Carontes, da Polícia Civil. A "Gatinha da Cracolândia" ainda será interrogada no âmbito da operação, o que não tem previsão por ora. Outras diligências serão realizadas pelos agentes na próxima semana.
Em 2014, Lorraine perdeu o pai, o empresário Ricardo Bauer Romeiro, vítima de latrocínio - roubo seguido de morte. Na ocasião, ele levou um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto em Barueri, onde mora a família.
A reportagem não localizou a defesa de Lorraine até esta publicação. O espaço segue aberto a manifestação.