Na verdade, os sintomas são causados pela resposta imunológica do corpo. Ao reconhecer o antĂgeno presente na vacina, o corpo automaticamente aciona as defesas naturais para lutar contra o inimigo presumido.
Isso quer dizer que as moléculas presentes na vacina acionam um alarme de perigo. O corpo não consegue diferenciar um vĂrus ativo das partĂculas imunizantes contidas na vacina, seja ela baseada na tecnologia de vĂrus inativado, proteĂna encapsulada ou de RNA mensageiro - as trĂȘs principais tecnologias de fabricação de vacinas contra covid-19.
Ao perceber a presença do "invasor", o corpo dĂĄ inĂcio a uma cascata complexa de reações. VĂĄrias moléculas de defesa são despejadas imediatamente no sistema imunológico. O metabolismo acelera, e o corpo corre para que os monócitos - as células que atuam como soldados para defender o organismo de vĂrus e bactérias - cheguem ao campo de batalha o mais rĂĄpido possĂvel.
"Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saĂșde pĂșblica por causa da vacinação massiva da população. Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefĂcios da imunização são muito maiores que os riscos das reações temporĂĄrias", informa o Ministério da SaĂșde.
A luta geralmente acontece na região onde o imunizante penetrou a corrente sanguĂnea, ou seja, no braço. A ardĂȘncia, dor local e a sensação de temperatura aumentada indicam onde a resposta imunológica estĂĄ sendo aplicada.
É comum que os sintomas pós-vacina sejam idĂȘnticos aos da doença, jĂĄ que o propósito do imunizante é exatamente simular uma invasão bacteriana ou viral (no caso da covid-19) para "treinar" a resposta do corpo contra a doença. A resposta, portanto, condiz com os efeitos que seriam causados pelo vĂrus vivo, mas sem o risco da replicação descontrolada do agente invasor.
Algumas tecnologias de vacina, no entanto, geram reações mais fortes do que outras devido à quantidade de material viral contido nas doses.
Segundo informa o Ministério da SaĂșde, a gravidade da pandemia é proporcional à quantidade de fake news e desinformação. Outro boato recente combatido pelo ministério é o que trata sobre alimentos que teriam efeitos positivos sobre a doença, o que não é fundamentado por nenhuma pesquisa ou estudo até o momento.
"A população deve tomar ainda mais cuidado com as informações que recebe e compartilha no celular e nas redes sociais, principalmente aquelas que garantem uma solução milagrosa, sem evidĂȘncia cientĂfica. Por isso, vale reforçar que qualquer tratamento deve ser indicado por profissional médico", alerta a pasta.
O Ministério da SaĂșde também adverte para o fato da vacina contra gripe não ter absolutamente nenhum efeito imunizante sobre a covid-19 - desinformação também propagada em redes sociais.
Fonte: AgĂȘncia Brasil