Cerca de 80 pessoas estão presas do Paquistão supostamente por terem comedido blasfêmia, segundo dados dos Estados Unidos. O país tem uma das leis mais rígidas do mundo sobre o assunto, mas os acusados punidos com morte em geral passam o resto da vida na prisão.
O caso ocorreu em dezembro de 2020, mas Aneeqa Ateeq só foi considerada culpada por um tribunal na última quarta-feira, (19). Pela lei da blasfêmia paquistanesa, é crime punível com morte compartilhar insultos ao profeta Maomé ou ao islamismo.
As autoridades de Rawalpindi, cidade predominantemente muçulmana, já aplicaram a pena outras vezes, mas nenhuma execução ocorreu na prática.
"O material blasfemo que foi compartilhado/instalado pela acusada em seu status [no WhatsApp] e as mensagens e caricaturas que foram enviadas ao queixoso são totalmente inaceitáveis e não toleráveis para um muçulmano", disse o juiz em seu veredito, de acordo com o canal Al Jazeera.
Ateeq ainda pode recorrer da sentença, que agora depende da confirmação do tribunal superior de Lahore. Todas as informações sobre o caso foram apuradas pelo jornal britânico The Guardian.
Fonte: DOL