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Fiocruz: passaporte de vacina Ă© indicado para ambiente de trabalho

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reiterou a importância do passaporte vacinal no boletim do Observatório Covid-19 divulgado hoje (29) e indicou a...

Por PH em 29/10/2021 às 18:45:34

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reiterou a importância do passaporte vacinal no boletim do Observatório Covid-19 divulgado hoje (29) e indicou a exigĂȘncia da imunização contra a covid-19 nos diversos ambientes de trabalho. O texto destaca que os benefĂ­cios da proteção coletiva não são só para os trabalhadores, mas para suas famĂ­lias, crianças, colegas de trabalho e para a comunidade.

"Em um momento em que muitos defendem o direito de não se vacinar, defendemos o direito da maior parte da população, que incorporando os cuidados preconizados, deseja retomar, da forma mais segura possĂ­vel, suas rotinas no trabalho, escolas, universidades, cinemas, teatros, estĂĄdios de futebol, academias, restaurantes, lojas comerciais e tantos outros espaços", diz o texto, que considera fundamental que empregadores e trabalhadores avancem conjuntamente em campanhas, estimulando e induzindo a adoção do passaporte de vacinas nos diversos ambientes de trabalho.

"Estamos ainda em uma pandemia e, em nome da proteção coletiva, consideramos legĂ­timas as restrições de empregadores, escolas, companhias de transporte, estabelecimentos culturais e comerciais à circulação de pessoas não vacinadas nos seus espaços."

A Fiocruz argumenta que, considerando experiĂȘncias internacionais, a vacinação em massa deve ser associada à implementação do passaporte vacinal e medidas como o uso de mĂĄscaras em locais fechados e abertos com aglomeração, distanciamento fĂ­sico e higiene constante das mãos. Além disso, os pesquisadores da fundação reafirmam a importância de manter a qualidade do ar no ambiente de trabalho.

"Não podemos deixar de assinalar que cabe a empregadores, gestores de escolas, empresas de transporte e estabelecimentos culturais e comerciais, cuidados no sentido de garantir as melhores condições ambientais desses espaços, com adequações para a instalação de filtros e melhor circulação do ar".

O boletim alerta ainda que o relaxamento das medidas de distanciamento fĂ­sico tem aumentado a concentração de pessoas em ambientes fechados e preveem que essa circulação tenderĂĄ a crescer ainda mais nos meses de novembro e dezembro, com as festas de fim de ano.

Estabilidade

A anĂĄlise divulgada hoje mostra que a pandemia continua em um quadro de estabilidade de novos casos e óbitos. No perĂ­odo de 10 a 23 de outubro, o nĂșmero de novos diagnósticos subiu 2,7% ao dia, enquanto o de óbitos caiu 0,1%.

"Considerando a série histórica recente, os dados mostram a manutenção da tendĂȘncia de redução dos impactos da Covid-19 no paĂ­s, que vem se mantendo numa taxa de decréscimo entre 1 e 2 % ao dia ao longo das Ășltimas 18 semanas".

Em relação às internações, o boletim mostra que 25 estados estão fora da zona de alerta, com menos de 60% dos leitos de terapia intensiva ocupados no Sistema Único de SaĂșde (SUS). As Ășnicas exceções são o Distrito Federal e o EspĂ­rito Santo, ambos com o percentual de 71%. Com a queda no nĂșmero de internações, o nĂșmero de leitos destinados ao tratamento de quadros de covid-19 tem sido reduzido em todo o paĂ­s.

População vacinada

A Fiocruz chama a atenção que, apesar de o Brasil jĂĄ ter 53% da população com esquema vacinal completo, alguns estados estão longe da marca de 50% da população com duas doses ou dose Ășnica. São Paulo é o estado que lidera a vacinação, com cerca de 80% da população com a primeira dose e 65% com a segunda dose ou dose Ășnica.

Mato Grosso do Sul (62,9%), Rio Grande do Sul (57,1%), Santa Catarina (54,5%), ParanĂĄ (53,9%), EspĂ­rito Santo (52,8%) e Minas Gerais (50,7%) também estão com mais da metade da população com esquema vacinal completo. JĂĄ Roraima (28%) e AmapĂĄ (27,4%) não superaram os 30%.

Idosos são oito em cada 10 mortes

O boletim mostra que a proporção de idosos entre as mortes por covid-19 atingiu 81,9%, o maior percentual desde o inĂ­cio de 2021. O aumento dessa proporção vem ocorrendo de forma progressiva conforme a vacinação avança na população adulta e, diante disso, a Fiocruz recomenda que a idade precisa ser considerada como um aspecto de vulnerabilidade, que requer manejo clĂ­nico e vigilância diferenciados.

Segundo o boletim, a probabilidade de um idoso internado por covid-19 ir a óbito é 2,5 vezes maior que um adulto, o que exige medidas para evitar o atraso diagnóstico. "A observação de sintomas por faixa etĂĄria precisa ser pesquisada, e a resposta dos idosos aos protocolos de tratamento de adultos precisa ser avaliada", dizem os pesquisadores, que recomendam: "Para aqueles que ainda não fizeram a dose de reforço, a recomendação é que atualizem seus esquemas vacinais com urgĂȘncia".

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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