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Guedes: indicações de Onyx e Nogueira melhoram entendimento com Senado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (22) que indicações de políticos para ocuparem cargos de ministros como o do Trabalho ou da Casa Civil...

Por PH em 22/07/2021 às 15:46:28

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (22) que indicações de polĂ­ticos para ocuparem cargos de ministros como o do Trabalho ou da Casa Civil são "acomodações polĂ­ticas inteiramente normais", e que, no caso especĂ­fico da indicação de Onyx Lorenzoni e do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para essas pastas, decorre da "necessidade de melhorar o arco de alianças e entendimento no Senado".


O anĂșncio dos nomes de Lorenzoni e Nogueira para comandar as duas pastas foi feito nesta quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro. A expectativa é que eles assumam os cargos na semana que vem.


"Para nós, sempre foi importante conseguir a sustentação polĂ­tica para fazer as reformas que estavam andando [na Câmara dos Deputados] e foram bloqueadas por um problema do Senado. A democracia é isso. Quando tem pressão polĂ­tica, o presidente faz movimento polĂ­tico. Toda reforma ministerial é feita com conteĂșdo polĂ­tico, mas isso não vai mudar a orientação da polĂ­tica econômica", disse Paulo Guedes hoje a jornalistas na portaria do Ministério da Economia.


"O que aconteceu desta vez foi que hĂĄ necessidade de melhorar o arco de alianças e entendimento no Senado", acrescentou Guedes, ao comentar o convite feito a Nogueira que, segundo o ministro, "é um profissional de polĂ­tica". A entrada do senador na Casa Civil, que tradicionalmente foi um cargo ocupado por polĂ­ticos, "é um movimento polĂ­tico natural", disse o ministro.


Para Guedes, a melhor interpretação para o que estĂĄ acontecendo é que "o presidente não cedeu o coração da polĂ­tica econômica, por pressão polĂ­tica, a outros partidos". Além disso, as indicações são de pessoas alinhadas com as polĂ­ticas liberais adotadas pelo governo., acrescentou "EstĂĄ havendo uma reorganização interna, sem nenhuma ameaça ao coração da polĂ­tica econômica", disse o ministro, ao negar que o movimento possa ser mal interpretado pelo mercado.


"Às vezes, o governo é criticado porque não tem interlocução polĂ­tica, e por isso estaria isolado. AĂ­, quando o governo coloca um polĂ­tico lĂĄ, dizem que o governo foi capturado. Precisamos de leituras mais construtivas e sofisticadas", completou.


Mais cedo, Bolsonaro confirmou a recriação do Ministério do Trabalho e PrevidĂȘncia, que, no inĂ­cio do governo, foi agrupado com outros quatro ministérios para a criação do Ministério da Economia, sob o comando do ministro Paulo Guedes. O atual ministro da Secretaria-Geral da PresidĂȘncia da RepĂșblica, Onyx Lorenzoni, serĂĄ o titular do novo ministério, e o atual chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, p substituirĂĄ na Secretaria Geral.

De acordo com Bolsonaro, o nĂșmero de ministérios serĂĄ restabelecido para o total de 23. Em fevereiro deste ano, com a aprovação da autonomia do Banco Central, o órgão perdeu status de ministério e se transformou em autarquia federal.


Em março deste ano, o presidente jĂĄ havia promovido uma reforma ministerial, com mudanças em seis ministérios: Casa Civil e Secretaria de Governo, ambas ligadas à PresidĂȘncia da RepĂșblica, ministérios da Justiça e Segurança PĂșblica, das Relações Exteriores e da Defesa e também da Advocacia-Geral da União (AGU).

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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