Canal 73

Empresário encontrado morto foi dopado em casa e levou 36 facadas

Por PH em 24/11/2023 às 21:16:53
Gustavo Alberto Sagaz ?- Foto: Reprodução/Redes Sociais

Gustavo Alberto Sagaz ?- Foto: Reprodução/Redes Sociais

Esposa da vítima, principal suspeita pelo crime, teve a prisão preventiva decretada e virou ré por homicídio; motivação do crime ainda é mistério.
O juiz Monani Menine Pereira, da Vara do Tribunal do Júri da Comarca da Capital, decretou na segunda-feira (20) a prisão preventiva de Camila Fernanda Franca Pereira, esposa e principal suspeita na morte do empresário Gustavo Sagaz, em Florianópolis. Ela estava detida temporariamente desde o dia 22 de setembro. A suspeita também virou ré pelo crime. A motivação do assassinato ainda é mistério.

A decisão é base em denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) a partir de investigações da DH (Delegacia de Homicídio da Capital).

As perícias identificaram que Sagaz foi sedado e morto em casa, e que o celular esteve lá durante todo o desaparecimento da vítima. Além disso, a filha do casal, de 3 anos, afirma ter visto o pai ser agredido pela mãe nas coxas com um ""pau" semelhante a um metal".

Na entrevista prestada em meados de outubro à perícia psicológica, a filha do casal contou que a mãe bateu atrás das coxas do pai.

"O pai teria, na ocasião, pedido à mãe que parasse. [A criança] nega que tenha presenciado outra pessoa bater no pai", diz um trecho da decisão judicial. A criança relatou ainda que o pai vomitou em um móvel pequeno preto, instalado na sala da casa.

Sagaz foi sedado e assassinado com 36 facadas, em Florianópolis

O juiz aponta que a situação descrita pela criança seja o próprio homicídio do pai.

"[Ela] referiu uma possível agressão da mãe contra o pai com instrumento semelhante em cor a uma faca em local (parte posterior da coxa) onde a perícia cadavérica constatou justamente uma facada", aponta o juiz. A perícia identificou 36 facadas.

Corpo foi deixado em praia de Florianópolis no carro da vítima

A partir das câmeras instaladas no Parque Estadual do Rio Vermelho, próximo à praia do Moçambique, onde Sagaz foi encontrado, a polícia reconstituiu os passos dos criminosos.

A decisão não consta a identificação de outro autor, mas a investigação aponta que Camila não teria capacidade física para carregar o corpo até a praia, e a suspeita é de que a esposa teve ajuda de outras pessoas.

Sagaz foi assassinado em FlorianópolisCamila é a

principal suspeita pela morte de Gustavo Sagaz, segundo investigação – Foto: Divulgação/ND

As imagens do parque revelam que o empresário foi levado ao local dentro de seu carro, um Nissan Frontier. Os ocupantes do veículo ficaram 44 minutos no parque, "procurando o local adequado para deixar o corpo".

Testemunhas que contataram Sagaz durante o desaparecimento relataram à Polícia Civil que, no dia 28, Sagaz teria informado a sua localização pelo celular. No entanto, constatou a polícia, era uma localizada encaminhada por terceiros, e não pessoal.

As descobertas vão na contramão do depoimento de Camila, que comunicou o desaparecimento no dia seguinte à morte de Sagaz, relatando que o marido estava a caminho de Rio do Sul, onde supostamente compraria um motor. Ela disse ainda que ele portava R$ 40 mil – ambas as suspeitas foram afastadas no curso da investigação.

Celular ficou em casa e só foi destruído após corpo ser encontrado

Conforme a Polícia Civil, os dados de antenas telefônicas atestam que o celular de Sagaz ficou na residência do casal entre os dias 26 e 29 de agosto, data em que o corpo foi encontrado, o que afastaria a tese de uma suposta viagem. No dia 29, o celular parou de conectar com as antenas, "indicando ter sido desligado ou destruído", crava a investigação.

Sagaz foi assassinado em FlorianópolisSagaz desapareceu em 28 de setembro – Foto: Reprodução/ ND

Segundo Menine Pereira, a prisão é necessária para não interferir na coleta de outros depoimentos. De acordo com o delegado Enio de Oliveira Matos, titular da DH, a investigação agora está focada em identificar quem teria ajudado a suspeita.

O que diz a defesa de suspeita

Os advogados Raí Fantin Dietrich e Márcia de Moura Irigonhê, que representam Camila Fernanda Franca Pereira, afirmam que comprovarão a inocência da ré. No entanto, não passaram maiores informações uma vez que o processo está em segredo de Justiça.


Fonte: ND Mais

Comunicar erro
Governo Agro

Comentários

Assembleia Legislativa