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Sistema que estĂĄ sendo testado deve detectar doença muito antes que sintomas ou sinais cerebrais óbvios apareçam. IA pode identificar padrões em tomografias cerebrais que mesmo os neurologistas mais experientes não conseguem verUniversidade de Cambridge via BBCCientistas estão testando um sistema de inteligĂȘncia artificial que acreditam ser capaz de diagnosticar demĂȘncia após uma Ășnica tomografia cerebral.Também poderia prever se a condição permanecerĂĄ estĂĄvel por muitos anos, se deteriorarĂĄ lentamente ou se o paciente precisarĂĄ de tratamento imediato.Atualmente, são necessĂĄrios vĂĄrios exames e tomografias para diagnosticar demĂȘncia.Estilo de vida pouco saudĂĄvel impulsiona aumento de casos de demĂȘnciaNĂșmero de brasileiros com Alzheimer e outros tipos de demĂȘncia irĂĄ quadruplicar em 30 anosO diagnóstico de demĂȘncia pode ser fator de risco para o suicĂdio?Os pesquisadores envolvidos no estudo dizem que diagnósticos precoces com o sistema que desenvolveram podem melhorar muito os prognósticos dos pacientes.Sistema prevĂȘ se demĂȘncia estĂĄ estĂĄvel, progredindo lentamente ou requer hospitalização imediataInstituto Alan Turing via BBCIdentificando padrões"Se intervirmos mais cedo, os tratamentos podem agir precocemente e retardar a progressão da doença e, ao mesmo tempo, evitar mais danos", diz a professora Zoe Kourtzi, do Departamento de Psicologia da Universidade de Cambridge (Reino Unido) e bolsista do Centro Nacional de InteligĂȘncia Artificial e CiĂȘncia de Dados do Instituto Alan Turing."E é provĂĄvel que os sintomas ocorram muito mais tarde na vida ou nunca ocorram", acrescenta.O sistema da professora Kourtzi compara as tomografias cerebrais de pessoas que acreditar ter demĂȘncia com as de milhares de pacientes com a condição e seus registros médicos relevantes.Neste sentido, o algoritmo pode identificar padrões nesses exames que talvez passem despercebidos por neurologistas e combinĂĄ-los com os resultados dos pacientes em seu banco de dados.VĂDEO: Atividade fĂsica previne a demĂȘnciaClĂnicas de memóriaEm testes pré-clĂnicos, ele conseguiu diagnosticar demĂȘncia anos antes de os sintomas se desenvolverem, mesmo quando não hĂĄ sinais óbvios de dano cerebral na tomografia.O experimento, realizado no Hospital Addenbrooke e em outras clĂnicas de memória em todo o Reino Unido, vai testar se o sistema funciona em um ambiente clĂnico, ao lado de métodos convencionais de diagnóstico de demĂȘncia.No primeiro ano, espera-se a participação de cerca de 500 pacientes.Os resultados vão ser encaminhados para os médicos deles, que poderão, se necessĂĄrio, aconselhĂĄ-los sobre o curso do tratamento.O neurologista Tim Rittman, que estĂĄ liderando o estudo, chamou o sistema de inteligĂȘncia artificial de um "feito fantĂĄstico". Ele conta com a colaboração de neurocientistas da Universidade de Cambridge."Esse conjunto de doenças é realmente devastador para as pessoas. Então, quando tenho que passar essas informações a um paciente, qualquer coisa que puder fazer para ter mais confiança sobre o diagnóstico, para dar-lhes mais detalhes sobre a provĂĄvel progressão da doença e assim ajudĂĄ-los a planejar melhor suas vidas? é algo que considero muito Ăștil."São necessĂĄrios normalmente vĂĄrias tomografias do cérebro para diagnosticar demĂȘnciaBBC NewsApreensãoUm dos voluntĂĄrios é o britânico Denis Clark, de 75 anos. Ex-executivo de uma empresa de carnes, ele se aposentou hĂĄ cinco anos. No ano passado, sua esposa, Penelope, percebeu que Denis apresentava ocasionalmente problemas de memória.E agora o casal estĂĄ preocupado que ele esteja desenvolvendo demĂȘncia.Denis tenta descrever seus sintomas, mas Penelope intervém para dizer que acha difĂcil explicar o que estĂĄ acontecendo.Outra preocupação que aflige o casal é que eles tenham que vender sua casa para financiar os cuidados médicos de Denis. Portanto, Penelope se diz aliviada por não ter que esperar muito por um diagnóstico e uma indicação de como qualquer demĂȘncia pode progredir."PoderĂamos, então, nos planejar financeiramente", diz ela. "GostarĂamos de saber se, como casal, poderĂamos tirar algumas férias antes que as coisas piorem a tal ponto que não possamos mais viajar por causa do estado de saĂșde de Denis."Problemas mentaisOutro paciente de Rittman, Mark Thompson, de 57 anos, diz que um sistema de diagnóstico precoce teria feito uma "grande diferença" em sua vida se estivesse disponĂvel quando ele começou a apresentar lapsos de memória, hĂĄ dez meses."Fiz teste após teste após teste e pelo menos quatro exames antes de ser diagnosticado (com demĂȘncia)", lembra ele."A equipe médica foi maravilhosa e fez de tudo para descobrir o que havia de errado comigo"."Mas a incerteza estava me causando mais problemas mentais do que qualquer um causado pela condição"."Era um tumor? Precisaria passar por cirurgia para removĂȘ-lo? Fiquei muito estressado por não saber o que havia de errado comigo."VĂDEOS mais vistos do G1 nos Ășltimos dias