PM atirou contra própria cabeça em motel onde a ex teria traído com médico

Segundo Flávio Santiago, as negociações para que o sargento se entregasse sem tentar contra a própria vida duraram cerca de 6 horas.

O porta-voz da PM de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Santiago, concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (10) a respeito do policial de 41 anos que se trancou no quarto de um motel na região Oeste de Belo Horizonte. O agente atirou em si mesmo e foi socorrido em estado grave para o Hospital João XXIII, na região Centro-Sul da cidade.

A PM acredita que o policial tenha se escondido no motel para evitar ser preso. Como o caso já era acompanhado pela corporação, os agentes localizaram o sargento por meio do celular dele. Foi então que as negociações começaram, inclusive com colegas antigos do policial indo falar com ele para dissuadi-lo de algo mais grave.

"Ele vinha com questões psicológicas ligadas aos fatos, por conta dessa questão envolvendo a violência doméstica. A PM logo que teve acesso, no sentido de proteger o policial e a família, providenciou escolta policial para redução de danos", explicou Flávio Santiago.

Em conversa com a imprensa, enquanto a negociação se desenrolava, uma mulher se apresentou e disse ser amiga do policial. Ela relatou que ele passava por problemas nos últimos meses relacionados à descoberta de uma traição da ex.

A mulher contou que, ao descobrir que a companheira mantinha caso com um médico, o policial foi até o consultório dele e o agrediu com um tapa no rosto. Na ocasião, ele ainda teria atingido o profissional com golpes de bastão.

O motel em que o policial esteve trancado seria um dos locais em que a então companheira dele esteve, supostamente, com o médico.