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Influencer presa por ser cúmplice de assassinato ajudou namorado a matar vítima por causa de dívida de R$ 250 mil, diz delegado

Por PH em 19/05/2023 às 10:09:15
Yeda Freitas foi presa em Goiânia, em Goiás - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Yeda Freitas foi presa em Goiânia, em Goiás �- Foto: Reprodução/Redes Sociais

Quatro investigados foram presos e dois estão foragidos, informa a polícia. Crime aconteceu em março de 2022, no Jardim Atlântico.

A influenciadora digital Yeda Freitas teria ajudado o namorado, Antônio Luiz de Souza, a matar Douglas Henrique Silva por causa de uma dívida de R$ 250 mil. O delegado Carlos Alfama explica que Antônio comprou uma central de distribuição de cocaína, em Goiânia, e planejou o crime para deixar de pagar o valor.

O g1 não localizou a defesa de Yeda e Antônio para um posicionamento até a última atualização desta matéria. Além deles, a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) prendeu nesta quinta-feira (18) Mateus Barbosa da Silva e José Camilo Pereira Bento, suspeitos de participarem do crime.

Além deles, a polícia informa que outros dois suspeitos de envolvimento no crime ainda estão foragidos. Getúlio Junior Alves dos Santos e Leandro Silva Rodrigues. O g1 também não conseguiu localizar a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta matéria.

Influencer é presa durante operação que investiga homicídio em Goiânia

Compra da central de distribuição de cocaína

"O comércio era central de distribuição de cocaína por pedidos online, que eles chamavam de Empresa Cola. Os usuários de uma lista de confiança pediam a droga por WhatsApp e eles entregavam. Era uma atividade sistematizada, processo de vendas criado por uma empresa", explica.

Yeda Freitas foi presa em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes sociais

Yeda Freitas foi presa em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes sociais

Após a compra, o pagamento de algumas parcelas da dívida eram feitos da conta bancária de Yeda, de 30, para a de Douglas ou de familiares dele. "A influenciadora era beneficiária financeira do esquema de venda de cocaína", afirma. Entretanto, Antônio teria planejado o crime para deixar de pagar a dívida.

Qual a participação de cada um no crime?

As investigações apontam que o namorado da influencer, Antônio, seria o executor do crime. "Não tinham testemunhas ou câmeras no local, mas nós localizamos o carro e encontramos vestígios de sangue da vítima. Toda a dinâmica confirmada se confirmou com a prova pericial", afirma Alfama.

O delegado detalha que Yeda acompanhou o namorado no dia em que ele teria matado a vítima. Além disso, afirma que a conta bancária da influencer era utilizada para pagar as dívidas. "Ela também fazia os pagamentos da central de distribuição de cocaína e recebia parte do lucro das vendas", diz.

De acordo com o investigador, Leandro teria emprestado o carro para Antônio enganar a vítima. "Apesar de alegar que não viu Toinzinho no dia do crime, funcionários de uma oficina reconheceram que eles foram juntos deixar o carro para reparo após a ocorrência do crime", detalha.

A polícia aponta que José estaria no local no momento do crime. Ele também teria feito buscas no Google acerca de "como apagar impressões digitais", "quanto tempo dura impressão digital em objeto", "duração de inquérito policial que apura crime de homicídio", entre outras pesquisas.

Por fim, informa que Getúlio tem as mesmas características físicas do suspeito de acompanhar Antônio quando ele foi a casa de Leandro buscar um carro para ir matar Douglas. "Verificou-se que ele também atua no tráfico de drogas e é membro da facção criminosa liderada por Antônio", destaca.

Mateus Barbosa da Silva, José Camilo Pereira Bento e Antônio Luiz de Souza Filho foram presos suspeitos de envolvimento em homicídio, em Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Mateus Barbosa da Silva, José Camilo Pereira Bento e Antônio Luiz de Souza Filho foram presos suspeitos de envolvimento em homicídio, em Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Justiça decretou a prisão temporária de Yeda, José, Getúlio, Leandro e Mateus na tarde desta quinta-feira. A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia. Alfama afirma que Antônio também teve a prisão temporária decretada.

Na decisão, o juiz ainda determina a apreensão dos aparelhos celulares dos investigados. "Autorizo o acesso e a extração de dados de aparelhos celulares com finalidade de colher elementos de convicção que contribuam para as investigações", escreve Jesseir Coelho no documento.

Fonte: G1

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