A taxa de inadimplĂȘncia (recursos livres) deve ficar entre 3,77% e 4,31%, com média estimada de 4,04% para este mĂȘs, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar).
O resultado reflete uma queda de 0,15 ponto percentual em relação ao real valor de maio, e de 0,01 ponto percentual em relação ao valor estimado para junho de 2021.
Pelo segundo mĂȘs consecutivo, a inadimplĂȘncia no paĂs apresentou baixa em relação aos perĂodos anteriores. Em junho, essa mesma taxa foi de 4,05%, - 0,18 ponto percentual abaixo do valor calculado para maio.
Para o economista e presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo, essa retração contĂnua condiz com o aumento da inflação, retração do mercado de consumo, altos nĂveis de desemprego no paĂs e com o fim do auxĂlio emergencial.
"Mesmo com a reabertura gradual da economia, o cenĂĄrio ainda é de muita incerteza para a maioria dos consumidores brasileiros. Desta maneira, muitas pessoas tiveram que cortar gastos ou poupar o dinheiro para pagar contas. Estes fatores, ligados ao aumento do custo de vida e ao fim do auxĂlio emergencial, fizeram com que a inadimplĂȘncia em julho continuasse a apresentar queda, em relação aos perĂodos anteriores", explicou Felisoni.
"Outros fatores coercitivos, que influenciaram no resultado deste mĂȘs, foram o aumento da Selic, o fim dos programas de parcelamentos de alguns bancos e a alta inflação dos preços nos produtos de bens e consumo do paĂs. Essas quatro situações, atreladas ao aumento da taxa bĂĄsica de juros do Brasil, retraem o consumo e, consequentemente, afetam a renda e geração de novas dĂvidas pelos consumidores", acrescentou.
InadimplĂȘncia por recursos livres é o percentual da carteira de crédito livre do Sistema Financeiro Nacional com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Não inclui operações referenciadas em taxas regulamentadas, operações vinculadas a recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou quaisquer outras lastreadas em recursos compulsórios ou governamentais.
Fonte: EBC