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Artigo : Há uma evidente nova força a promover o reencontro de nosso povo,por Adehemar Bahadian

Por PH em 29/10/2022 às 20:26:32
Foto :Reprodução

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Há uma evidente nova força a promover o reencontro de nosso povo.

"Brevemente aqui, um Brasil redimido". Este, o "outdoor" gigantesco a anunciar ao mundo que o país "vai sacudir a poeira e dar a volta por cima". Porque até nossas almas se tentou empoeirar, abastardar, encarcerar.

Emerge dos campos santos de todo o Brasil o grito sufocado de quase 700 mil brasileiros mortos pela negligência e pela incúria de uma associação perversa entre a ignorância científica e a indiferença pela perda de compatriotas atingidos pelo vírus do Covid. Como esquecer tantos deboches à família, a mães enlutadas e, no mesmo diapasão, a defesa pífia interna e mundial dos Direitos Humanos? Daremos Paz finalmente aos nossos mortos?

A vitória da coligação democrática encabeçada por Lula e Alckmin será a resposta de um povo humilhado pela mentira, pela violência aos mais fracos socialmente, pela pobreza endêmica a levar milhares de brasileiros a compartilhar com cães e ratos ossos magros de carne atirada ao lixo.

Nunca se viu tanta arrogância pretensiosa, tanta indigência cultural a transformar nosso país tão rico de música, cinema e teatro num dramalhão cafajeste, num pastiche autoritário.

Que não se iludam os céticos, os indiferentes ao voto construtivo, os que se abstém por medo, covardia ou puro comodismo. Há uma evidente nova força a promover o reencontro de nosso povo, separado por ódios transplantados da estrumeira de Trump e Steve Bannon.

A boiada decididamente não vai passar e não se transformará a Amazônia numa cloaca de interesses espúrios, criminosos e inconfessáveis.

Ao ódio, a coligação democrática propõe a instalação de uma nova aliança social e econômica em que, a par do justo crescimento da iniciativa privada, se atente e até se privilegie uma sociedade mais justa com acesso à saúde, à educação a novas tecnologias de controle climático. Movimento que se espraia em substituição ao neoliberalismo em que a desregulamentação do mercado teria levado a uma mais do que comprovada injustiça social.

Que não se iludam os negativistas. Em menos de ano, a política externa da coligação democrática levará de volta o Brasil ao centro dos debates internacionais. Nossa Diplomacia apenas está hibernando. Nossos melhores diplomatas estão longe deste festival olavo-de-carvalho- trumpista, rigorosamente boboca, em que nos metemos nestes quatro últimos anos.

Nossa Engenharia civil, trucidada por um lavajatismo comprometido com interesses comprometedores, voltará a pavimentar estradas, promover o saneamento básico, e o inevitável crescimento do mercado interno contribuirá para o incremento da renda auferida pelo trabalhador e daí para o crescimento do país. .

O investimento em educação básica, técnica e superior poderá transformar nossa população numa nova força de libertação de um sistema quase escravocrata que ainda permeia nossas relações sociais e econômicas.

Amanhã, assim que as urnas eletrônicas - tecnologia nacional que nos orgulha, e se fosse americana levaria muitos de nós às lágrimas - começarem a anunciar os primeiros resultados eleitorais, uma alvorada de esperança e um chamamento a um mutirão de reconstrução nacional farão de nosso ódio uma triste e penosa memória de um tempo passado e finalmente nos reencontraremos como povo fraterno e amoroso.

Não vejo outro destino depois de tantas angústias, tantas ameaças à harmonia entre os três poderes da República, à universalidade das crenças religiosas e sobretudo depois de tantas manobras subreptícias vindas de perto e de longe na tentativa de transformar a Constituição de 1988 num pasquim a que se pode tanto rasgar quanto desprezar

Resta um ponto-ápice a mencionar. E foi trazido por Lula no debate desta sexta-feira 28 entre ele e Bolsonaro. O tema era o excesso de armas nas mãos dos civis. Lula recordou com precisão: "no meu governo, o que mais se distribuiu foram livros. O Ministério da Educação entregava milhões de livros gratuitamente Brasil afora."

Nesta frase se desmascara mais uma vez a falsa polarização que se pretende impor ao Brasil. E se desvenda a triste realidade de que nos últimos quatro anos retroagimos como cidadãos e como seres humanos.

Amanhã dia 30, o eleitor brasileiro sancionará a opção brasileira.

Adhemar Bahadian. Embaixador aposentado.

Fonte: JB

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