A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Campo Grande deflagrou nesse fim de semana a Operação Cerol, que atuou nas principais praças e áreas de lazer nas sete regiões da Capital. A ação ocorreu entre as 15h30 e 18h de sábado e domingo, quando foram apreendidos mais de 80 carreteis com linha de cerol do tipo chilena, além de 31 pipas com cerol. Foram realizadas 310 abordagens de orientação sobre o crime praticado ao utilizar esses artefatos.

"A GCM passou duas tardes com a operação, que envolveu 73 guardas e 32 viaturas entre motos e carros, principalmente nas regiões periféricas, onde a prática de soltar pipas é mais frequente, já que são conhecidas por aglomerar pessoas que praticam a atividade como lazer. Foram abordadas pessoas de todas as faixas etárias, que foram orientadas de como praticar a soltura de pipas de forma correta. Apesar das apreensões, ninguém foi preso. Os artefatos apreendidos serão incinerados em um momento oportuno", informou Anderson Gonzaga, secretário Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes).

A Sesdes ressalta que não é crime manter a tradição da brincadeira de soltar pipa em área aberta e segura. O que é proibido é usar linhas cortantes, como a chilena, a indonésia ou a com cerol. A linha com cerol é a mais tradicional e usada há muitos anos, feita com cola e vidro moído. Já a linha chilena é feita com linha de algodão misturada ao óxido de alumínio e pó de quartzo. A linha indonésia é sintética e feita com carbeto de silício e uma cola instantânea, chamada de cianoacrilato. As duas últimas são consideradas quatro vezes mais cortantes que a linha apenas com cerol.

Adultos, adolescentes e crianças que foram flagrados usando as linhas proibidas tiveram esses itens apreendidos e foram orientadas de que a melhor linha para soltar pipa é a de barbante, feita 100% com algodão. A Lei Complementar n. 116/08 proíbe o uso do cerol ou qualquer material cortante nas linhas de pipas em Campo Grande. Se a pessoa for apanhada soltando pipa com linhas contendo cerol, linha chilena ou outros materiais cortantes, será aplicada multa de R$ 1 mil, e em caso de crianças, a penalidade será aplicada aos pais.

Já se a apreensão do material ocorrer nos estabelecimentos comerciais, as linhas cortantes serão apreendidas e será aplicado um auto de infração com o tipo e quantidade confiscada, além de multa ao proprietário do comércio no valor de R$ 5 mil.

A Operação Cerol pretende coibir o uso das linhas com cerol, chilena ou qualquer outra que possa oferecer risco à integridade e segurança das pessoas, além de fazer a orientação, mesmo com linha simples, de evitar praticar a atividade em áreas de tráfego intenso ou perto da rede elétrica, a fim de evitar acidentes de qualquer natureza.