União entre Lula e Tarcísio de Freitas é vista como símbolo de normalidade institucional mas causa desconforto em bolsonaristas.
Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula (PT) e o prefeito Felipe Augusto (PSDB) - Ricardo Stuckert/PR
A união entre Lula e Tarcísio de Freitas foi vista como um contraponto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e está sendo explorada por políticos de esquerda como um símbolo de que o governo do petista representa a volta da normalidade institucional e das atitudes republicanas, o que faltou na gestão anterior. Aliados de Bolsonaro veem o movimento com desconfiança e questionam a efetividade do governo federal.
O presidente interrompeu o descanso de Carnaval na Bahia e foi a São Sebastião, onde participou de reunião e pronunciamento ao lado de Tarcísio, do prefeito Felipe Augusto (PSDB) e de ministros e outras autoridades. O governador já havia se deslocado para o litoral no domingo (19). Até agora, são 40 mortos e 2.400 pessoas fora de casa.
Enquanto Lula discursava, Tarcísio acenava com a cabeça em sinal de concordância e chegou a sorrir. O governador aliado de Bolsonaro também enalteceu a união com o petista –sem deixar de fazer acenos aos militares em sua fala.
Aliados de Lula relembram situação semelhante, em dezembro de 2021, quando Bolsonaro manteve sua rotina de passeios de jet ski mesmo enquanto a Bahia enfrentava uma crise gerada por fortes chuvas. Já aliados de Bolsonaro questionam a efetividade do governo federal e veem o movimento como um plano para opor Lula e Bolsonaro e diferenciar Tarcísio do ex-presidente.
Nas redes sociais, a união dos entes da federação foi especificamente elogiada por diversos petistas do estado, como Emidio de Souza, Edinho Silva, Alexandre Padilha, além de José Guimarães (CE) e da primeira-dama Janja. Pelo Twitter, Alexandre Frota (Pros) e Antonio Neto (PDT) também celebraram a parceria entre Lula, Tarcísio e Augusto.
Folha Press